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Artigo para Estadão - Os brasileiros não querem continuar apanhando



Messias Donato

Deputado federal Espírito Santo


Os brasileiros não querem continuar apanhando


Um tapa que doeu. Pela manhã, todos os dias, milhões de brasileiros se levantam, tomam o seu café da manhã - talvez nem todos – despedem-se de suas famílias - muitos nem famílias têm - e partem para mais um longo dia de trabalho, sem saber o que irão enfrentar, os dilemas, os obstáculos e mesmo as conquistas.


Diante dos desafios, cada homem e mulher, cada idoso, jovem e, infelizmente, muitas crianças, são obrigados a tomar decisões que podem impactar positiva ou negativamente sua própria vida e a de outros.


Entretanto, independente da realidade de cada um, uma coisa é certa: todos acordamos com a esperança de um dia melhor e de um país que seja motivo de orgulho para seus filhos. Para tanto, espera-se da classe política ações que promovam mudanças benéficas, especialmente para os mais pobres.


Apesar de discussões acaloradas, ninguém espera abrir as notícias e ler que um deputado deu um tapa na cara de outro durante uma sessão do Congresso Nacional. O que se almeja é que haja deputados e senadores fiscalizando o Governo e apontando as atitudes que estão levando o Brasil para um lugar de muita preocupação e dificuldade.


R$130 bilhões de déficit nas contas públicas; cortes de R$4 bilhões na educação, saúde, infraestrutura, etc; R$1 bilhão de gastos com viagens; sigilo de compras e presentes; R$16 bilhões para a Lei Rounaet; taxação de produtos e serviços; aumento de impostos com uma reforma maléfica; invasões de propriedades; incentivo ao aborto e à agenda da ideologia de gênero; ataques à família, vida, liberdade, aos valores cristãos e ao Estado Democrático de Direito; incessantes tentativas de cerceamento das liberdades; aumento de ministérios; recorde de queimadas; vistas grossas para terroristas; criminalidade; corrupção, enfim.


O tapa que eu levei no último 20 de dezembro representa exatamente o que Lula e o PT – partido do agressor - têm feito com o povo brasileiro desde o início do ano. Um tapa na cara dia sim, outro também. O que aconteceu ali no Plenário, diante dos representantes dos Três Poderes, foi a amostra concreta de que a Nação apanha a cada novo dia deste governo.


Um tapa na cara da Democracia, do cidadão mais pobre, da classe média, dos capixabas a quem represento e de todos os brasileiros.


Um tapa que doeu. Doeu porque milhões de brasileiros sentem diariamente esse tapa. E, para que ele não continue a se repetir, é preciso que o Congresso esteja alinhado com o que a população quer. E o que a população NÃO quer, com certeza, é continuar apanhando.

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