Deputado Federal Messias Donato reage à decisão de Gilmar Mendes e alerta para crise entre Poderes
- joserobertoimprens2
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A decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de retirar dos cidadãos o direito de apresentar pedidos de impeachment contra ministros da Corte prerrogativa agora exclusiva da Procuradoria-Geral da República (PGR) desencadeou forte reação no Legislativo e reacendeu o debate sobre os limites do Judiciário.
Em discurso feito na tribuna do plenário da Câmara na sessão desta quarta-feira (3), o deputado federal Messias Donato afirmou que a medida “reafirma um padrão crescente de interferência que afasta o povo dos mecanismos de controle democrático”. O parlamentar lembrou que “senadores foram perseguidos e, à época, o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, simplesmente cruzou os braços diante dos abusos”.
O parlamentar capixaba também criticou o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sustentando que o Congresso tem sido omisso diante do avanço do Judiciário. “O Senado da República, desde Pacheco, vem se colocando de joelhos para tudo o que está acontecendo no Brasil. Agora não adianta tentar posar de independente: estão colhendo exatamente o que plantaram”, disse.
O deputado afirmou ainda que o país vive “uma escalada autoritária semelhante à da Venezuela”, citando os presos de 8 de janeiro como exemplo. “Temos brasileiros trancados em presídios de segurança máxima espalhados pelo país, pessoas que não cometeram nenhum crime, além de cidadãos exilados. E temos o presidente Bolsonaro, o melhor presidente que este país já teve, que sofreu uma tentativa de assassinato, enfrenta sérios problemas de saúde e hoje está preso sem que exista qualquer prova que o incrimine”, declarou Donato.
Segundo ele, “o Brasil já vive uma ditadura do PT, que caça opositores e tenta calar quem pensa diferente”. A fala do deputado reacendeu o debate sobre o equilíbrio entre os Poderes e intensificou o clima de tensão política no país. Para analistas, o episódio evidencia a necessidade de revisão das relações institucionais e reforça a percepção de que a crise entre Judiciário, Parlamento e sociedade tende a se aprofundar nos próximos meses.



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